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Edição esgotada:

O Outro Nome da Rosa, publicado pela CBJE editora, trazia, além do conto que dá nome ao livro, uma coletânea de meus poemas, sob o título Ego in verso. Nas edições Amazon, as obras foram editadas separadamente.

O conto começa como um pesadelo, que se transforma em um sonho, depois numa busca e finalmente no começo de uma vida nova e excitante. Os personagens - um homem e uma mulher - não revelam seus nomes, até que um terceiro e inesperado personagem entra em cena.

São oito episódios, divididos em quatro capítulos. Eis uma pequena amostra, uma degustação, do que aguarda o leitor que me der a honra de lê-lo:

Março: Equinócio de Outono

A tempestade

Chovia forte e ventava. O crepúsculo caía e a escuridão já avançava sob as copas das árvores, escondendo as trilhas da mata. As violentas rajadas de um sudoeste extemporâneo, prenúncio do outono iminente, carregavam folhas e ramos, redemoinhando entre os meandros da floresta da Tijuca. Apavorada e perdida, ela corria sem rumo certo, tropeçando nas raízes, escorregando nas pedras e mergulhando os pés nas poças lamacentas.
Há quanto tempo corria assim, ansiosa e desesperada, ela já não sabia. Perdera-se durante a tarde, explorando sozinha uma trilha traiçoeiramente fácil, nos descaminhos da floresta. Com a chegada da noite aumentavam o frio, o vento e a chuva. Sem esperança e sem forças, ofegante e febril, um único pensamento a dominava: encontrar um abrigo naquela mata que se transformara, em poucos minutos, de uma paisagem aprazível em um inimigo mortal.
Onde estavam os outros? Por que não ficara com eles? Como num pesadelo, voltava-lhe à lembrança a recomendação do guia de não se afastarem sozinhos do acampamento. Seu espírito aventureiro desdenhara a recomendação, mas nada mais restava dele – apenas uma vontade louca de se atirar no primeiro buraco onde pudesse se refugiar do medo que a dominava.
Uma luz ofuscante explodiu à sua direita, seguida imediatamente de um estampido, como o de um tiro, que se transformou num rugido poderoso. Cega pelo raio, surda pelo trovão, ela tropeçou e caiu sobre uma moita espessa. Alguns espinhos feriram seus braços, estendidos instintivamente em proteção. Gemendo, abandonou-se ao seu destino e rolou sem forças para o lado.
Já era noite cerrada quando ela despertou do desmaio. A chuva continuava. O vento agora era uma simples brisa, mas trazia um frio como ela nunca sentira antes. Sentia cãibras nas pernas, dores nos braços feridos e suas têmporas latejavam dolorosamente a cada batida do coração. Soergueu-se a custo e vislumbrou à distância o reflexo frágil de uma luz amarelada, que se coava entre a ramagem da vegetação. Reunindo suas derradeiras forças, tonta e trôpega, rastejou ao encontro de sua última esperança de salvação.

A segunda parte da obra continha os poemas, que foram reunidos sob o título geral de Ego in verso. Agora em publicação independente, é um ramalhete de poesias diversas, juntadas sem preocupações de estilo ou assunto, na mesma ordem em que foram escritas, e com um breve relato das circunstâncias que me levaram a compô-las. As datas são as da publicação de cada uma neste "blog", mas sua composição abrange um período que vem desde os anos sessenta até os dias atuais. Escolhi duas para este antepasto.
domingo, 7 de novembro de 2010

Comédia

O teatro grego legou-nos os símbolos da Tragédia e da Comédia, sob a forma de máscaras - uma sorridente e a outra tristonha. Mas o sentido exato da palavra comédia modificou-se sutilmente nos últimos séculos.
No século XIV, a palavra ainda conservava seu significado original - uma narrativa com final feliz, ao contrário da tragédia. E a Divina Comédia (c. 1310) retrata fielmente esta conotação. Ela conta como Dante - o próprio autor - após "perder-se", foi guiado por Virgílio pelos caminhos infernais e depois entregue às mãos de sua amada Beatriz - uma guia capaz de conduzi-lo ao próprio Céu.
Se você não tem paciência para ler o extenso poema original, eu espero que goste do humilde soneto no qual procurei resumir a narrativa épica do grande vate.

COMÉDIA ANTIGA

Perdi-me de mim mesmo, certo dia,
E fui achar-me numa selva escura.
Tu te doeste desta alma sombria
E me guiaste nesta senda dura.

Por tua mão, pela Geena fria,
Os nove ciclos esta alma impura
Passou temente, sem ver luz do dia;
E agora falo à guia mais segura:

Ao próprio purgatório me levaste
E guiaste meus passos uma vez mais,
Por que não fosse eu jogado às feras;

Enfim, tu me elevaste às esferas
Onde anjos cantam coros celestiais,
Celebrando o amor que me entregaste.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eternidade

Num período particularmente difícil da minha vida, tive a felicidade de receber o apoio de inúmeros amigos. A Regina, do "blog" Toforatodentro, sabendo do meu gosto por poesias, mandou-me um soneto de Mário Quintana. E eu, para distrair-me na minha tristeza, resolvi compor uma glosa - coisa que nunca havia feito antes...

GLOSA A UM SONETO DE MÁRIO QUINTANA

Não quero constar de Martirológios,
E se a hora chegar das despedidas,
Amigos, não consultem os relógios

Pois horas eu vivi tão bem vividas
Que as cantarei em salmos eloquentes
Quando um dia eu me for de vossas vidas

Em frações de minutos repartidas
Essas horas não foram, por contentes,
Em seus fúteis problemas tão perdidas

E se querem fazer-me apológios
Não mos façam como os da negra sorte
Que até parecem mais uns necrológios...

Sejam mais como beijos de consorte
E não como areia de ampulheta
Porque o tempo é uma invenção da morte

A natureza, à sua maneira
Do tempo desconhece esta faceta;
Não o conhece a vida - a verdadeira -

Para tornar tristeza em alegria
Eventos há - a alma é parceira -
Em que basta um momento de poesia

Não queiras tu tapar Sol com peneira
Pois basta de um segundo uma fatia
Para nos dar a eternidade inteira.

Inteira como o é uma caverna
Onde há túneis infindos sem saída;
Inteira, sim, porque essa vida eterna

Em divisões nunca será partida;
Toda fração é una e sempiterna,
Somente por si mesma é dividida

Assim inteira é da glória a ação:
Na derrota ou vitória aos soldados
Não cabe, a cada qual, uma porção.

Heróis e mártires serão amados
Eternamente, sem qualquer senão;
E os Anjos entreolham-se espantados

Buscando tontos resposta pedida,
E ficam sempre em grande confusão
Quando alguém - ao voltar a si da vida -

Do Paraíso a alma ao portão,
Do fútil que é o tempo esquecida
Acaso lhes indaga que horas são...

Prefácios: Milene Lima e Simone Fernandes
Análise literária: Maria das Graças Lacerda (Clique aqui)
Resenha: Lucia Helena Cavichioli (Clique aqui)

POEMA PREMIADO EM ANTOLOGIA


A amiga Regina Rozembaum sugeriu que eu e a amiga Graça Lacerda participássemos do Concurso Nacional Novos Poetas - 2012 (Prêmio Sarau Brasil), e tanto eu como a Graça obtivemos classificação. Nossos poemas foram publicados nesta bela antologia da Vivara Editora, com mais de duas centenas de outros, selecionados entre milhares de participantes. O meu poema "Inverno", 9° colocado, está na página 25; e o belo poema da Graça, "Sextilhas de uma Vida", na página 124. "Inverno" foi publicado no "Sete Ramos" em junho de 2011 - clique AQUI.

Rodolfo Barcellos

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